Os riscos potenciais de usar um exploit popular do Pokémon Go desencadearam polêmica na comunidade, agravados por um aviso ameaçador supostamente vindo dos desenvolvedores do jogo.
Segundo o alerta, os desenvolvedores do Pokémon Go estão cientes de um exploit que permite aos jogadores interagir com locais do jogo além do seu alcance normal — uma violação dos Termos de Serviço. O uso contínuo supostamente ativa sistemas anti-trapaça, possivelmente resultando em penalidades, incluindo banimentos permanentes.
Essa afirmação dividiu os jogadores: alguns argumentam que o exploit apenas aproveita uma peculiaridade não intencional do jogo, diferentemente de trapaças descaradas como falsificação de GPS ou hacks de terceiros. Outros questionam a legitimidade da mensagem, já que surgiu através de um Embaixador da Comunidade, não por um comunicado oficial.
A falha, popularmente chamada de "voar" ou "enganar", permite que jogadores entrem em lobbies de raid levemente além do raio de interação habitual — sem um Passe de Raid Remoto. Muitos veem isso como uma conveniência inofensiva, facilitando maior participação em raids sem quebrar as mecânicas principais do jogo.
Mas tecnicamente, os Termos de Serviço definem trapaça de forma ampla, incluindo "técnicas para alterar ou falsificar a localização de um dispositivo." Ainda que menos grave que falsificação de GPS, o exploit poderia se encaixar nessa definição — assim como múltiplas contas, comportamento tolerado não oficialmente apesar de também violar os ToS.
Questionada sobre o aviso, a Niantic redirecionou perguntas aos seus ToS sem esclarecer intenções de punição. Isso deixa os jogadores em suspense: usar o exploit causará banimentos repentinos? Ou persistirá como outros comportamentos em área cinza até ser corrigido?
Considerando o histórico da Niantic de mirar apenas nas trapaças mais disruptivas — e o impacto reduzido do exploit — punições em massa parecem improváveis. Mas sem orientação explícita, cresce a frustração com sinais contraditórios e riscos indefinidos.
Até que a Niantic tome uma posição formal ou corrija o exploit, os jogadores permanecem divididos entre conveniência e cautela, debatendo se um ajuste na acessibilidade de raids justifica o rótulo de "trapaça" — e suas consequências.